terça-feira, dezembro 27, 2005

Not

Acho que já está na hora desse blog virar um blog de verdade, não? Ao invés de um vale de lágrimas....

Parque de Diversões

Sabe as montanhas-russas? Sabe o sky-coster? Sabe todos esses brinquedos que deveriam estimular a produção de adrenalina através do medo? Ultrapassados, todos eles.
Eu irei criar, baseada na minha experiência de ontem à noite, um modelo revolucionário de diversão. Ainda não pensei em um nome, mas a coisa toda vai ser assim: larga-se o incauto na porta da Sé, às 00h30, sozinho, com uma bolsa, carteira, relógio e celular. O objetivo é chegar à Pça das Bandeiras vivo, tão saudável quanto no início do jogo, com todos os seus pertences e sem sofrer nenhum tipo de abuso sexual. A realização do objetivo já é a recompensa.
Vocês não imaginam a sensação. Depois de 30 minutos de medo, pavor e ódio de todos que tem culpa por estar ali (desde seus pais até a pessoa que deciciu o itinerário dos ônibus da capital paulista), o pobre sente um alívio maior que qualquer coisa que possam imaginar. Maior que o mundo. Maior que o amor dos bobos. Maior do que a dor de bater o joelho na quina da escrivaninha.
O tremor que se sente, no fim, é quase sexual. Vocês deviam experimentar. Eu estive lá e estou aqui para contar.