sábado, janeiro 27, 2007

O 666 e meus feromônios

Nesta manhã, descobri mais uma profissão que eu poderia desempenhar de maneira mais satisfatória que a atual e com uma remuneração financeira maior: a enfermagem!!

Eu seria extremamente eficiente cuidando de velhinhos à beira da morte, já que possuo uma característica que, infelizmente, só traz algum tipo de retono nessa profissão: sou incrivelmente atraente para homens acima dos 65 anos. Mais atraente que viagens de ônubus interestaduais que levam as empresas donas dos veículos à falência.

Na primeira vez que meu vizinho sexagenário me passou uma cantada, achei que ele era apenas um daqueles típicos "velhos tarados" (até porque, para dizer o que ele me disse, nem senhor Cláudio Arantes teria a coragem).

Na segunda vez em que aconteceu, achei que aquele pobre senhor devia estar carente pela falta de visita dos filhos. Além do mais, os homens precisam mostrar sua virilidade, ainda mais quando ela significa apenas uma palavra com mais sílabas do que deveria.

Depois dessa manhã, percebi que o problema era comigo. Meus feromônios só funcionam em um olfato maturado. Mas, obviamente, como sou uma pessoa feliz e gosto daquela história do "se a vida te deu um limão...", já encontrei uma vantagem em tudo isso.

Parece que meu fator-de-atração-fora-da-validade veio junto com um poder que nem Damien possuia na Professia: todos os senhores citados acima sofreram acidentes após me abordarem. O primeiro sofreu um ataque cardíaco. O segundo foi atropelado, quebrou a bacia e outros 14 ossos e passou 1 ano na cama. O terceiro, vejam só, teve uma dor agúda no nervo ciático, LOGO DEPOIS DE ME ABORDAR.

Se você possuíse esses dois poderes juntos, o que faria? É, foi no que eu pensei.

Essa noite irei procurar o 666 marcado na minha nuca e começarei a freqüentar casas de saúde. Pobreza nunca mais!!!

sábado, janeiro 06, 2007

Cult que o pariu!!

Tá, eu sei que estava lendo uma crítica da Cult sobre Proust. A partir daí, não dá pra reclamar, não é? Mas cada vez mais eu odeio intelectuais. O cara da crítica até era bom, escrevia bem e tinha um currículo legal. Mas os comentários...

Todo o sabor e contradição de uma época está ai, como as contradições de um espíritu agudo que soube colocar poeticamente essas duas dimensões. (Ein??)

Isto é, sua incompletude (a escritura proustiana não é Deus!); a imprecisão; o reticente etc. Eis, afinal, o humano!! (Clap, clap, clap)

Quando vi Proust na capa da "Cult", pensei que leria uma crítica razoavelmente pronfunda, que se propusesse a perscrutar o estilo proustiano e oferecer ao leitor um dos possíveis vieses - ou vários deles - pelos quais podemos orientar a absorção, intelectual e sentimental ...(Zzzzzzzzzzz)

Em outras palavras, minha impressão acerca da obra proustiana não sofreu a mais tênue incisão. (Essa foi boa, quase cirúrgica)

Debato-me com a questão das traduções. (Debato-me?!??!?!?!?)

Proust, um dos grandes mestres da narrativa, ao lado de Cervantes ou Joyce (...) o estilo de escrita de Proust é um dos mais apurados e sofisticados (...) mina de conhecimentos para aprender (...) um filósofo contemporâneo de Proust que rejeita o intelectualismo formalista de Kant e o positivismo materialista, para defender (...) (Puxa-saco?)

...embora interessante que seja analisar a sua [do Proust] genealogia. O DNA vai sempre confirmar o gênio ... (Bióloga?)

Cuidem do que está á altura da mediocridade que lhes é própria e não queiram estar assima dos rodapés... (Nervosa)
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Mas o melhor de todos foi:
Proust que o pariu!