quinta-feira, agosto 31, 2006

O centro de SP é todo um mundo novo....

Relendo esse blog, desde os primeiros posts, eu pareço meio bipolar. Mas não sou, juro!!!
Agora queria falar sobre o meu sábado. Queria falar sobre:

"Coisas que não se vê em uma cidade do interior" - Parte 2

Sábado à tarde, rodei o centro de São Paulo em busca de uma loja de R$ 1,99. Não que tenha sido fácil, já que nesses + ou - 5 Km2 só existem estacionamentos, lanchonetes e puteiros. E nenhum dos três parece muito convidativo.

Só sei que depois de achar uma perfumaria de 5 andares (?!) e passar por um negão que tocava aquela música: "quando deus te desenhou..." em dois baldes de latão que soavam como um xilofone exótico, consegui encontrar o meu tesouro.
Só que o meu tesouro parecia uma casa de um subúrbio negro norte-americano decorada com bugigangas made in china, onde as pessoas se chamavam de brotha e sista.

Saindo dali com meus R$ 2,00 em flores de plástico, achei que estava entrando no mundo real. Ledo engano...
Em frente à loja onde tocava rap, eu vi uma briga de travestis. Foi uma das coisas mais surreais da minha vida, porque eles são muito altos e com cabelos muito longos, coloridos e roupas muito curtas e gritavam em uma voz de tia velha rouca:
- Você roubou meu bofe! O bofe que estava naquele carro era meeeeeeeeeu!!
- Nem precisei roubar, bixa! Você acha que o bofe ia querer uma bixa caída que nem você?
- Caída? Caíííííííííííída?!?! Olha que eu te mato!!!
- Não enconsta a mão em mim! Não encosta a mão em mim! Não puxa o meu ap... NÃO PUXA O MEU APLIQUE!!!


Surreal.

domingo, agosto 27, 2006

ITS A MIRACLE!! I CAN WALK!!

Ontem, surtei. Foi engraçado, na verdade. Não porque foi ridículo (e foi) mas porque foi a primeira vez.
Hoje de tarde estava me sentindo estranha (de manhã também, mas era a ressaca - por falar nisso, preciso beber menos. O fígado agradece). Mas voltando à tarde, me setia... inadequada.
Um dia eu aprendi que deveria ser sempre sutil, racional, superior, silenciosa, elegante. Nunca responder, nunca brigar, nunca discutir. Pensar muito antes de dizer ou fazer e, no fim, não fazer nenhuma das duas coisas. Estudar, trabalhar, cuidar.

Não sei se é algo no ar da capital, mas venho fazendo tudo que eu achava que não devia fazer. É claro que acabo fazendo muita besteira, mas não me arrependo.... engraçado como fazer merda faz a gente se sentir melhor do que agir certo. É clichê, eu sei, mas dá uma sensação de liberdade, sabe? Talvez agora, finalmente, eu tenha licença pra errar.

Será que vou dizer isso um dia pro meu filho? "Olha, filho, faça merda. Enriquece e liberta."
Acho que não. Não dá pra falar uma coisa dessas...

quinta-feira, agosto 17, 2006

Ease, monkey, ease....

Me disseram hoje que eu tenho uma grande facilidade em realizar trabalhos que exigem grande concentração e pouco conhecimento específico. Dessa forma, me passaram todo o trabalho braçal e sacal da empresa.
O que me leva a duas conclusões:

1. Eu poderia trabalhar com uma britadeira ao invés de um computador e seria tão, ou mais competente. (Cérebro? É bom que meu pai não saiba que ele gastou milhares de reais com faculdade pra uma pessoa que deveria ter sido trabalhadora de contrução civil. Por que a minha psicóloga não disse isso naquele teste sobre carreira?)

2. Um macaco calmo e treinado poderia ocupar o meu lugar. Provavelmente eu gero menos despesas que um macaco. Talvez se eu começar a tomar café 2 vezes por dia seja despedida.